breve-brevíssimo ou aquele morre-não-morre

Na iminência do incêndio, o inominável já está à espreita. Uma precisão de dar vida a um que toca, machuca. E lá vai o demônio... embaixo da mesa, na ponta dos dedos, pelas costas, beiço colado ao ouvido esquerdo. De mãos dadas com o diabo, vou ao caminho de Deus. Re-bento. Antes de Maria cerzir as próprias fissuras, o batismo é consumado – a obra já nasce benzida pelo coxo. Fruto de vosso ventre maldito e da maldade de escrever. Ficamos assim: Deus é o significado, o diabo, o significante.

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

 

Arte ou o célebre "Como Explicar Quadros a uma Lebre Morta"

Eu quero fazer do teatro, minha vida. E, de sua arte, o sentido dela.
Eu quero fazer como o escultor alemão Joseph Beuys. Cobrir meu rosto com banha e pó dourado e ficar falando, por horas, com uma lebre morta apoiada, carinhosamente, no colo.
Eu quero uma performance. Uma intervenção.
Pra me sentir completa, pra me sentir verdadeira.

No ônibus, dormindo-acordada-sonhando, uma de minhas consciências me sussurou:
"Pessoas como você só encontram a salvação na Arte..."

Comentários:
Pessoas como você só encontram a perdição na arte. Na arte, sobretudo no drama, perder-se ou salvar-se não são antíteses.
 
Aqui.
 
Oquei. Existe salvação fora da arte?

[é realmente trabalhoso comentar aqui]
 
Ter o sentido da vida na Arte é maravilhoso. Você transpira, transborda, respira e consome Arte e Vida simultaneamente: gangorra de saber e vivência - de um lado você equilibra sua mimésis e do outro, amplia sua expressão tanto de vida quanto artística.
 
Obrigada pelo comentário anônimo, Pú.
 
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